quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Clarice Lispector

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

            Essa é uma das centenas de citações, frases e pensamentos de Clarice Lispector.Nasceu na Ucrânia no dia 10/12/1920, recebeu o nome de Haia Lispector, depois veio para o Brasil com sua família e por causa de uma ideia de seu pai teve seu nome mudado para Clarice Lispector.Sua mãe fica paralítica e sua irmã cuida dela, de seu outro irmão e da casa.Sua família passa por várias crises financeiras e sua mãe morre em 1930.Suas histórias não tinham fatos, apenas sensações. Alugava livros na biblioteca do seu bairro, na Tijuca, conhece os trabalhos de escritores nacionais como Rachel de Queiroz, Machado de Assis e Jorge Amado.Dá aulas particulares de português e matemática por causa de problemas financeiros, ao mesmo tempo, aprende inglês e datilografia.Faz faculdade de direito e passa a trabalhar como secretária, em um escritório de advocacia e em um laboratório.Publica em 1940, contos como: Triunfo, Eu e Jimmy, A fugaHistória interrompida O delírio.
         Seu pai morre no mesmo ano e ela inicia sua carreira jornalística.Além de seus textos jornalísticos continua a publicar seus textos literários.Realiza cursos de antropologia brasileira e psicologia.Em 1942 escreve Perto do Coração Selvagem, seu primeiro romance.Casa-se com Maury Gurgel Valente e termina o curso de Direito.Têm dois filhos: Pedro na Suíça e Paulo nos EUA. Pedro sofria de esquizofrenia e Clarice teve dificuldades para enfrentar a doença do filho.Se separou em em 1959, no ano seguinte assume a coluna "Só para mulheres", do Diário da Noite.Provoca um incêndio ao dormir com um cigarro, fica um bom tempo no hospital, mais de dois meses, mais logo se recupera.
 "Em 1975 foi convidada a participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, em Cali na Colômbia. Fez uma pequena apresentação na conferência, e falou do seu conto "O ovo e a Galinha", que depois de traduzido para o espanhol fez sucesso entre os participantes. Ao voltar ao Brasil, a viagem de Clarice ganhou ares mitológico, com jornalistas descrevendo (falsas) aparições da autora vestida de preto e coberta de amuletos. Porém, a imagem se formou, dando a Clarice o título de "a grande bruxa da literatura brasileira". Seu próprio amigo Otto Lara Resende disse sobre a obra de Lispector: "não se trata de literatura, mas de bruxaria." 
         Pouco tempo depois ela descobre que têm um câncer no ovário, falece no dia 09/12/1977 foi enterrada no Rio de Janeiro no dia 11 de dezembro no cemitério Israelita do Caju.Foi embora deixando amigos, livros de romance, novelas, contos, crônicas, entrevistas e obras teatrais.




"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo. 
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! 
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: 

- E daí? EU ADORO VOAR!"


Fonte:
http://www.releituras.com/clispector_bio.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clarice_Lispector
Obras:
http://www.releituras.com/clispector_bio1.asp
Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=ga-Uen3WLwc

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